iSACI empossa Conselho de Administração com Gervásio Cavalcante na presidência

A reunião de instalação do Conselho de Administração do Instituto de Sustentabilidade da Amazônia com Ciência e Inovação – iSACI, ocorreu na manhã desta Terça-Feira, 11. O encontro foi no auditório do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Pará (Icsa-UFPA), contando com a participação de dezenas de professores e pesquisadores de forma presencial e híbrida.

 

Após a posse, os dez conselheiros titulares e dez conselheiros suplentes, representantes de diversas instituições, elegeram o professor Emérito, Dr Gervásio Protásio dos Santos Cavalcante, representante da SBMO, como presidente; o Professor Dr Diego Lisboa Cardoso, representante da UFPA – Vice-presidente; e a Professora Dra Caroline Araújo de Souza, representante do IFPA, Secretária.

 

Além de eleger, designar, dar posse ao Presidente, Vice-Presidente e Secretário do Conselho de Administração, ao Conselho Fiscal, aos membros da Diretoria, assim como destituí-los de seus cargos, enquanto órgão consultivo e deliberativo máximo do iSACI, o Conselho de Administração tem a função normativa superior das políticas, estratégias e diretrizes do Instituto, entre as quais, aprovar a proposta de orçamento, programas de investimentos, contratos de gestão e convênios. Sob a presidência do pesquisador e sócio fundador do iSACI,  João Crisóstomo Weyl Albuquerque Costa, a diretoria do iSACI conta ainda com um diretor de Ciência Tecnologia e Inovação: Rosinei Oliveira; Administrativo Financeiro, André Moacir Lage Miranda; e de Relações Institucionais – Jorge Antônio Moraes de Souza, professores da Ufopa, IFPA e Ufra, respectivamente, todos sócios fundadores do iSACI. 

 

Fundado por professores de Instituições Federais de Ensino Superior paraenses (UFPA, UNIFESSPA, UFRA, IFPA e UFOPA), o Instituto é uma associação de direito privado sem fins lucrativos que nasceu para responder às questões ambientais Amazônicas no contexto da sustentabilidade. O iSACI assume a função de Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT) para fins de desenvolvimento da inovação, da extensão tecnológica e de engenharia não rotineira.

 

Entre seus objetivos, estão a promoção da pesquisa científica de qualidade, o desenvolvimento científico e tecnológico, e o desenvolvimento econômico local baseado em soluções inovadoras que melhorem a qualidade de vida na Região Amazônica.

 

De acordo com o inciso V do Art.2º da Lei 10.973/2004, alterada pela Lei 3.243/2016, ICT é entidade ou órgão da administração pública direta ou indireta ou pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos legalmente constituída sob as leis brasileiras, com sede e foro no País, que inclua em sua missão institucional ou em seu objetivo social ou estatutário a pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico ou o desenvolvimento de novos produtos, serviços ou processo. 

 

O mapa das Instituições de Ciência e Tecnologia do Brasil revela um espaço vazio que precisa ser ocupado na Amazônia, razão porque algumas instituições descentralizaram escritórios para criar sub-sedes na Região de forma a conquistar financiamentos para projetos e pesquisas.

 

Adequando-se aos marcos legais da política nacional de ciência, tecnologia e inovação, o desafio do iSACI é ocupar um campo maior de abrangência que agrega ciência, tecnologia e inovação ao fomento de startups, mas vai além, envolvendo a captação, formação de recursos humanos, execução de projetos de ciência e tecnologia, geração de inovação. Enquanto ICT, o iSACI terá funcionamento independente, com maior autonomia na gestão e nas tomadas de decisões, e mais flexibilidade e agilidade nas operações e na gestão dos recursos públicos. 

 

Para se ter uma ideia da importância e do impacto dos ICTs no Brasil, de acordo com um levantamento feito entre cerca de 20 ICTs pela empresa Deloitte, o valor adicionado na economia nacional pelo setor em 2020 foi de cerca de R$ 6.2BI, gerando cerca de 157 mil empregos, envolvendo 30 setores de TI, produtos eletrônicos e ópticos e + de 500 startups estruturadas. O volume representa R$ 24.7 BI de Receita Total, e R$ 5,9 BI em tributos arrecadados nas esferas federal, estadual e municipal.

 

Considerando que os institutos de Ciência e Tecnologia e Inovação (ICTs) atuam no desenvolvimento de tecnologia e inovação, o iSACI terá independência, autonomia e flexibilidade para liderar a criação de tecnologia na Região Amazônica, através da realização de pesquisa e desenvolvimento em parceria com o setor público e privado, contribuindo substancialmente para a inovação e o desenvolvimento socioeconômico local, com estímulo à produção de elevado número projetos e programas, de artigos técnico científicos, e registros de propriedade intelectual.

 

Durante a reunião, João Weyl esclareceu que o grupo que hoje se destaca na direção do iSACI é o mesmo que deixou como legado a criação do Sistema Paraense de Inovação, no âmbito da qual foram instituídos os Programas NavegaPará, parques de ciência e tecnologia, a criação da Secretaria de Desenvolvimento Ciência e Tecnologia e a Fundação de Amparo à Pesquisa-Fapespa, além da execução de outros  projetos de ciência e tecnologia e que favoreceram os ecossistemas de inovação regionais e a implantação de programas de ciência e tecnologia na região Amazônica.

 

A concepção do marco legal das políticas de ciência, tecnologia e inovação brasileira foram lentas e executadas de formas assimétricas, conforme esclareceu o  Dr. Renato Francês, sócio fundador do iSACI, convidado para fazer uma intervenção na reunião do Conselho do iSACI. Referindo-se ao novo cenários e das oportunidades e regulamentações que proporcionaram o avanço e historiando a linha do tempo de seu marco regulatório da ciência e inovação no país, bem como as diferenças que demarcam o iSACI no campo da Inovação Amazônica, Dr. Renato esclareceu que o Instituto é regido pelo marco legal de ciência, tecnologia e inovação, tendo como referência o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife, CESAR, instituição âncora do Porto Digital, um dos maiores parques tecnológicos do Brasil também sediado em Recife. Fundado em 1996, o CESAR tem filiais em Sorocaba, Curitiba e Manaus, contando com centenas de funcionários, sendo que em 2018 seu faturamento foi da ordem de R$ 100 milhões. 

 

Em sua rápida fala como presidente do Conselho Administrativo, Gervásio Cavalcante disse que aceitou o convite com muito orgulho, parabenizando aos presentes, manifestando-se como se estivesse realizando um sonho. Seguindo-se a palavra, o vice-presidente, Diego Cardoso, e a secretária, Caroline Araújo de Souza, manifestaram alegria e se colocaram à disposição para o trabalho.

 

Além dos dirigentes, diretores e demais conselheiros também fizeram uso da palavra para saudar o momento, comprometendo-se com as inúmeras tarefas e demandas que emergem neste momento importante para o desenvolvimento da Amazônia com a criação do iSACI por profissionais com larga experiência para incluir fortalecer a Região como foco do debate global ambiental e inserir o Instituto nos contextos de conectividade com a sustentabilidade.

 

O representante da EMBRAPA, Dr. Marcos Enê Chaves Oliveira, afirmou na sua intervenção durante a reunião que o iSACI emerge com o know-how de seus profissionais, que têm experiência de atuação em Instituições de Ensino Superior até na gestão dos governos, sendo um grupo coeso e histórico na construção de um ambiente propício ao desenvolvimento da pesquisa e da ciência com tecnologia e inovação na Região, sendo a Embrapa uma referência no campo da pesquisa agrária.

De acordo com o diretor de Ciência Tecnologia e Inovação do iSACI, professor e pesquisador Rosinei Oliveira, o iSACI atua como um organizador de arranjos e  interage com entidades públicas e privadas, nacionais e estrangeiras, na busca ou tratamento de demandas e ofertas tecnológicas, através do agrupamento de competências multidisciplinares – no meio acadêmico, no setor produtivo e governamental.

 

A importância do iSACI para o desenvolvimento sustentável e para a geração e difusão de conhecimentos no âmbito da Ciência, da Tecnologia e da Inovação na Região Amazônica também foi destacada pela conselheira representante do INPE, a pesquisadora Alessandra Rodrigues Gomes, para quem o Instituto surge num momento oportuno para reunir forças em favor da pesquisa e do desenvolvimento científico e tecnológico regional, considerando a crise climática global que afeta sobremaneira o Estado do Pará e toda a Amazônia

 

Retomando a palavra, o diretor-presidente do iSACI, João Weyl, manifestou, através de suas memórias, a sua emoção por ser professor universitário há mais de 30 anos,  inclusive, tendo entrado na UFPa pelas mãos do atual presidente do Conselho de Administração, Gervásio Cavalcante, com quem mantém duradoura relação afetiva e de parceria profissional, na Academia e fora dela, no campo social, onde assumem compromissos com as grandes causas globais e locais, considerando que as sociedades atuais pautam demandas complexas, com a exigência de soluções imediatas e inovadoras, que aliem inteligência com sustentabilidade, desenvolvimento econômico, social, ambiental e planetário, razão porque o iSACI busca soluções inovadoras mas também humanistas, que combinem a qualidade de vida com as mudanças tecnológicas.

 

 

iSACI

 

Diretoria:

Presidente: João Crisóstomo Weyl Albuquerque Costa

Diretor de Ciência Tecnologia e Inovação: Rosinei Oliveira

Diretor Administrativo Financeiro – André Moacir Lage Miranda

Diretor de Relações Institucionais – Jorge Antônio Moraes de Souza 

 

Conselho de Administração:

Gervásio Protasio dos Santos Cavalcante – UFPA/SBMO – Presidente

Diego Lisboa Cardoso – PPGEE/UFPA – Vice-presidente

Caroline Araújo de Souza – IFPA – Secretária

 

 

A composição do Conselho do iSACI é formada por 14 (quatorze membros). 

 

Na reunião de instalação do Conselho de Administração, foram empossados os seguinte membros , indicados como representantes do Poder Publico do Estado do Pará, 

 

PRODEPA: Titular: Ulisses Weyl da Cunha Costa; Suplente: Fernando Mário Marroquim Júnior

SECTET: Titular: André Luiz Monteiro de Oliveira; Suplente: Washington Berg Sena Corrêa

 

Representantes de instituições públicas de ensino e pesquisa da Amazônia,

INPE: Titular: Claudio Aparecido de Almeida; Suplente: Alessandra Rodrigues Gomes

EMBRAPA: Titular: Marcos Enê Chaves Oliveira; Suplente: Fábio da Silva Barbieri

IFPA: Titular: Caroline Araújo de Souza; Suplente: Saulo Rafael Silva e Silva

UFPA: Titular: Diego Lisboa Cardoso; Suplente: Fabrício José Brito Barros

UEPA: Titular: Natácia da Silva e Silva; Suplente: Carlos José Capela Bisp

 

Representantes natos de entidades representativas da sociedade civil:

SBMO: Titular: Gervásio Protasio dos Santos Cavalcante; Suplente: Maria Thereza Miranda Rocco Giraldi

SEBRAE: Titular: Renato Araujo Coelho de Souza; Suplente: Igo Silva Sousar

FIEPA: Titular: Adriano Reis Lucheta; Suplente: Deryck Pantoja Martins

 

Os demais membros, 02 (dois) representantes eleitos pelo Conselho de Administração, dentre

pessoas com notório conhecimento científico e capacidade profissional e  02 (dois) representantes eleitos pelos empregados do iSACI tomarão posse na 1a reunião do Conselho, a ser marcada para o mês de junho 2024.

 

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 FONTE: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO iSACI

 

14.06.2024